Palavra do Papa – 27 de agosto

28 de agosto de 2017 Doutrinas


ANGELUS

Praça de São Pedro – Vaticano
Domingo 27 de agosto de 2017

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo nos traz uma passagem chave no caminho de Jesus com os Seus discípulos: o momento em que ele quer ver até que ponto é a fé deles. Primeiro Ele quer saber o que pense sobre isso as pessoas. E as pessoas pensam que Jesus é um profeta, o que é verdadeiro, mas não compreende o centro de sua Pessoa, não capturam o centro de sua missão. Então ele coloca a pergunta aos discípulos mais de perto, isto é, Ele lhes pergunta diretamente: “Mas você, quem você diz que eu sou?”. E com esse “mas” Jesus separa firmemente os apóstolos dopovo, como se quisesse dizer, mas você, que está comigo todos os dias e você me conhece de perto, o que você aprendeu mais? O Mestre espera deles uma resposta elevada e diferente da opinião pública. E, de fato, tal resposta deriva do coração de Simão Pedro: “Você é o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Simão Pedro encontra em seus lábios palavras maiores que ele, palavras que não vêm de suas habilidades naturais. Mas eleé inspirado pelo Pai Celestial, que revela ao primeiro dos Doze a verdadeira identidade de Jesus: Ele é o Messias, o Filho enviado por Deus para salvar a humanidade. E a partir desta resposta, Jesus entende que, graças à fé dada pelo Pai, há um fundamento sólido sobre o qual sua comunidade e sua Igreja podem construir. Então ele diz a Simão: “Você, Simão, você é Pedro – isso é pedra e pedra – e nesta pedra eu construirei minha Igreja”.
Mesmo conosco, hoje, Jesus quer continuar a construir sua Igreja, esta casa com bases sólidas, e onde não há rachaduras, mas que ainda precisa ser reparada. Sempre. A Igreja sempre precisa ser reformada, protegida. Nós certamente não nos sentimos rochas, mas apenas pedras pequenas. No entanto, nenhuma pedra pequena é inútil, de fato, nas mãos de Jesus, a pedra mais pequena torna-se preciosa porque Ele a coleciona, olha-a com grande ternura, trabalha com o Espírito e coloca-a no lugar certo onde Ele sempre pensou e onde poderia ser mais útil para todo o edifício. Cada um de nós é uma pedra pequena, mas nas mãos de Jesus e participa da construção da Igreja. E todos nós, embora pequenos, somos feitos “pedras vivas”, porque quando Jesus toma a sua pedra, a faz viva, cheia de vida, cheia de vida pelo Espírito Santo, cheia de vida por seu amor E, portanto, temos um lugar e uma missão na Igreja: é uma comunidade de vida composta por muitas pedras diferentes que formam um único edifício na forma de fraternidade e comunhão.
Além disso, o Evangelho de hoje nos lembra que o que Jesus quis para a sua Igreja um centro visível de comunhão em Pedro – ele, também, não é uma grande pedra, é uma pedra pequena, mas tomado por Jesus se torna o centro de comunhão – é nele que se sucedeu uma mesma responsabilidade principal, que até as origens, se identificou nos bispos de Roma, a cidade onde Pedro e Paulo deram testemunho de sangue.
Confiemos em Maria, Rainha dos Apóstolos, Mãe da Igreja. Ela estava no cenáculo, ao lado de Pedro, quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos e os enviou a anunciar a todos que Jesus é o Senhor. Hoje nossa Mãe nos apoia e nos acompanha com sua intercessão, para realizarmos plenamente a unidade e comunhão para a qual Cristo e os Apóstolos rezaram e deram a vida.

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