Palavra do Papa -22 de Abril de 2018

22 de abril de 2018 Doutrinas

Palavra do Papa -22 de Abril de 2018

REGINA COELI

Praça de São Pedro – Domingo, 22 de abril de 2018

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

A liturgia deste quarto domingo de Páscoa continua com a intenção de nos ajudar a redescobrir nossa identidade como discípulos do Senhor ressuscitado. Nos Atos dos Apóstolos, Pedro declara abertamente que a cura do enfermo, operada por ele e da qual fala toda Jerusalém, foi feita em nome de Jesus, porque “em nenhum outro há salvação. Naquele homem curado encontra-se cada um de nós – aquele homem é a nossa figura, todos estamos ali –, encontram-se nossas comunidades: cada um por curar-se das muitas formas de enfermidade espiritual – ambição, preguiça, orgulho – se aceita colocar confiantemente a própria existência nas mãos do Senhor Ressuscitado. “No nome de Jesus Cristo o Nazareno – afirma Pedro – este homem está curado diante de vós.” Mas quem é o Cristo que cura? Em que consiste o ser curado por Ele? De que nos cura? E mediante quais atitudes?

Encontramos a resposta para todas estas perguntas no Evangelho de hoje, onde Jesus diz: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas “. Esta auto-apresentação de Jesus não pode ser reduzida a uma sugestão emocional, sem qualquer efeito concreto! Jesus cura mediante o seu ser pastor que dá a vida. Dando sua vida por nós, Jesus diz a cada um: “sua vida é tão valiosa para mim, que para salvá-la eu dou tudo de mim”. É precisamente este oferecimento de sua vida que faz dele um bom Pastor por excelência, aquele que cura, Aquele que nos permite viver uma vida bela e frutífera.

A segunda parte da mesma página do Evangelho diz-nos em que condições Jesus pode curar-nos e pode tornar a nossa vida alegre e frutífera: “Eu sou o bom pastor – diz Jesus – conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, como o Pai me conhece  e eu conheço o Pai “. Jesus não fala de um conhecimento intelectual, não, mas de um relacionamento pessoal, de predileção, de ternura mútua, um reflexo do mesmo relacionamento íntimo de amor entre Ele e o Pai. Esta é a atitude através da qual se realiza uma relação viva com Jesus: deixar-se conhecer por Ele. Não fechar-se em si mesmos, abrir-se ao Senhor, para que Ele me conheça. Ele é atento a cada um de nós, conhece profundamente nosso coração: conhece nossas qualidades e nossos defeitos, os projetos que realizamos e as esperanças que foram desiludidas. Mas nos aceita como somos, também com nossos pecados, para curar-nos, para perdoar-nos, nos guia com amor, para que possamos atravessar estradas impérvias sem perder o caminho. Ele nos acompanha.

Por sua vez, somos chamados a conhecer Jesus. Um encontro com Deus, implica abandonar atitudes para estabelecer novos caminhos, indicados pelo próprio Cristo e abrir uma perspectiva mais ampla. Quando em nossas comunidades esfria o desejo de viver a relação com Jesus, ouvir a sua voz e segui-lo fielmente, é inevitável que prevalecem outras maneiras de pensar e de viver que não são coerentes com o Evangelho.

Maria, nossa mãe, ajuda-nos a desenvolver um relacionamento cada vez mais forte com Jesus, a nos abrirmos a Jesus, para que ele possa entrar em nós. Um relacionamento mais forte: ele ressuscitou. Então podemos segui-lo pela vida. Neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações, Maria intercede porque muitos respondem com generosidade e perseverança ao Senhor, que chama a deixar tudo para o seu Reino.

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