Paróquia Santo Antônio

Palavra do Papa – 29 de outubro

ROME, ITALY - APRIL 18: Pope Francis leads the Way of The Cross at the Colosseum on April 18, 2014 in Rome, Italy. The Way of the Cross is a centuries-old and much beloved devotion, that began as a sort of spiritual pilgrimage to the places and scenes and events of Christ's passion for those who could not make the pilgrimage to the Holy Land in person, as well as for those who had made it and wished to relive their experience, and for those who were preparing for the journey. (Photo by Franco Origlia/Getty Images)

ANGELUS

Praça de São Pedro – Domingo, 29 de outubro de 2017
Caros Irmãos e Irmãs, Bom dia!

Neste domingo, a liturgia nos apresenta uma passagem evangélica curta, mas muito importante. O evangelista Mateus relata que os fariseus se reúnem para testar Jesus. Um deles, um doutor da lei, dirige a ele esta pergunta: “Mestre, na Lei, qual é o grande mandamento?” É uma pergunta insidiosa, porque mais de seiscentos preceitos são mencionados na Lei de Moisés. Como distinguir, entre todos estes, o grande mandamento? Mas Jesus não hesita e responde: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente”. E ele acrescenta: “Amará o teu próximo como a ti mesmo”.
Esta resposta de Jesus não é algo que se deduz automaticamente, porque entre os múltiplos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez mandamentos, comunicados diretamente por Deus a Moisés, como condição do pacto de aliança com o povo. Mas Jesus quer fazer entender que sem o Amor por Deus e pelo próximo não existe verdadeira fidelidade a esta aliança com o Senhor. Tu podes fazer coisas boas, cumprir todos os preceitos, tantas coisas boas, mas se tu não tens amor, isto não serve.
Isso é confirmado por outro texto do Livro do Êxodo, conhecido como o “Código da Aliança”, onde se diz que não se pode aguentar a Aliança com o Senhor e maltratar aqueles que desfrutam de sua proteção. E quem são estes que desfrutam de sua proteção? Diz a Bíblia: a viúva, o órfão, o estrangeiro, o migrante, isto é, as pessoas mais sozinhas e indefesas. o responder aos fariseus, Jesus também tenta ajudá-los a colocar ordem em sua religiosidade, distinguindo aquilo que realmente é importante, daquilo que é menos importante. Jesus diz: “A partir desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”. Eles são os mais importantes, e outros dependem desses dois. E Jesus viveu exatamente assim a sua vida: pregando e fazendo aquilo que realmente é importante e é essencial, isto é, o amor. O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem o amor, quer a vida quer a fé permanecem estéreis.
O que Jesus propõe nesta passagem evangélica é um ideal maravilhoso que corresponde ao desejo mais autêntico de nosso coração. De fato, nós fomos criados para amar e sermos amados. Deus, que é amor, nos criou para tornar-nos partícipes da sua vida, para sermos amados por Ele e para amá-lo, e para amar com Ele todas as outras pessoas. Este é o “sonho” de Deus para o homem. E, para realizá-lo, precisamos de sua graça, precisamos receber em nós a habilidade de amar, que vem do próprio Deus. Jesus se oferece a nós na Eucaristia precisamente para esse propósito. Nela, nós recebemos o seu Corpo e o seu sangue, isto é, recebemos Jesus na expressão máxima de seu amor, quando Ele ofereceu a si mesmo ao Pai para a nossa salvação.

Que a Virgem Santa nos ajude a acolher em nossa vida o grande mandamento do amor de Deus e do próximo, pois se o conhecemos desde pequeno, nunca deixaremos de nos converter a ele, para colocá-lo em prática nas diversas situações em que nos encontramos

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