REGINA COELI – SOLENIDADE DE PENTECOSTES
Praça de São Pedro – Domingo 20 de maio de 2018
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
A festa de hoje de Pentecostes, conclui o tempo pascal Esta festa faz-nos recordar e reviver o derramamento do Espírito Santo sobre os apóstolos e os outros discípulos reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo. Nesse dia começou a história da santidade cristã, porque o Espírito Santo é a fonte da santidade, que não é privilégio de poucos, mas a vocação de todos.
Através do Batismo somos chamados a participar da mesma vida divina de Cristo e, através da Confirmação, a tornar-nos suas testemunhas no mundo. “O Espírito Santo derrama a santidade em todos os lugares no santo povo fiel de Deus” (Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, 6). “Deus santifica e guarda seu povo não apenas como indivíduos sem quaisquer laços mútuos, mas fazendo-os um povo que O reconhece na verdade e O serve em santidade” (Const. Constituição dogmática. Lumen Gentium, 9).
Através dos antigos profetas, o Senhor havia anunciado ao povo este seu projeto. Ezequiel: “Vou colocar meu espírito dentro de você e fazê-lo viver de acordo com as minhas leis e vou fazer você observar e colocar em prática minhas normas. […] tu serás o meu povo e eu serei o teu Deus “(36: 27-28). O profeta Joel: “Derramarei meu espírito sobre todo homem, e vossos filhos e filhas se tornarão profetas. […] Mesmo sobre os escravos e escravos naqueles dias eu derramarei meu espírito. […] quem invocar o nome do Senhor será salvo “(3.1-2.5). Todas estas profecias se realizam em Jesus Cristo, mediador e fiador da perene efusão do Espírito. E hoje é a festa da efusão do Espírito.
Desde aquele dia, e até o final dos tempos, esta santidade, cuja plenitude é Cristo, é doada a todos os que se abrem à ação do Espírito e se esforçam em ser dóceis a ele. É o Espírito que nos faz experimentar uma alegria plena.
Ao entrar em nós, o Espírito Santo derrota a secura, abre os corações para a esperança e estimula o amadurecimento interior no relacionamento com Deus e com o próximo. Isto é o que nos diz São Paulo: “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22). Tudo isso faz o Espírito em nós. É por isso que hoje celebramos essa riqueza que o Pai nos dá.
Pedimos à Virgem Maria para obter hoje para a Igreja um renovado Pentecostes, uma juventude renovada para nos dar a alegria de viver e testemunhar o Evangelho e “infundir em nós um profundo desejo de ser santo para a maior glória de Deus” (Gaudete et Exsultate 177).
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