Palavra do Papa – 04 de fevereiro de 2018

5 de fevereiro de 2018 Doutrinas


ANGELUS

Praça de São Pedro

Domingo, 4 de fevereiro de 2018

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho deste domingo continua a descrição de um dia de Jesus em Cafarnaum, um sábado, uma festa semanal para os judeus. Desta vez, o evangelista Marcos destaca a relação entre a atividade de cura de Jesus e o despertar da fé nas pessoas que ele conhece. Na verdade, com os sinais de cura que realiza para os enfermos de todos os tipos, o Senhor deseja despertar como resposta a fé.

O dia de Jesus em Cafarnaum começa com a cura da sogra de Pedro e termina com a cena do povo de toda a cidade que está lotada na frente da casa onde ele estava hospedado, para trazer todos os doentes. A multidão, marcada pelo sofrimento físico e as misérias espirituais, constitui, por assim dizer, “o ambiente vital” em que a missão de Jesus é realizada, composta de palavras e gestos que curam e consolam. Jesus não veio para trazer a salvação a um laboratório; ele não faz a pregação laboratorial, separado das pessoas: ele está no meio da multidão! No meio das pessoas! A maior parte da vida pública de Jesus foi passada na estrada, entre as pessoas, para pregar o Evangelho, para curar feridas físicas e espirituais. É uma humanidade atormentada pelo sofrimento, essa multidão, da qual o Evangelho fala muitas vezes. É uma humanidade atormentada por sofrimentos, esforços e problemas: E à tal pobre humanidade é dirigida à ação poderosa, libertadora e renovadora de Jesus. Assim, no meio da multidão até tarde, o sábado termina. E o que faz a seguir, Jesus?

Antes do amanhecer do dia seguinte, Ele sai sem ser visto pela porta da cidade e se retira para um lugar afastado para rezar. Jesus reza. Deste modo, subtrai também a sua pessoa e a sua missão de uma visão triunfalista, que poderia dar a entender o sentido dos milagres e de seu poder carismático. Na verdade, os milagres são “sinais” que convidam a resposta da fé; sinais que são sempre acompanhados de palavras, que as iluminam; e juntos, sinais e palavras, provocam fé e conversão pelo poder divino da graça de Cristo.

A conclusão da passagem de hoje indica que a proclamação de Jesus do Reino de Deus encontra seu próprio lugar na estrada. Para os discípulos que estão procurando por ele para trazê-lo de volta à cidade – os discípulos foram encontrá-lo onde orou e queria trazê-lo de volta à cidade – o que Jesus responde? “Vamos para outro lugar, para as aldeias vizinhas, para que eu possa pregar lá também”. Este foi o caminho do Filho de Deus e este será o caminho de seus discípulos. E deve ser o caminho de todo cristão. A estrada, como lugar da alegre proclamação do Evangelho, coloca a missão da Igreja sob o signo de “ir”, da jornada, sob o “signo do “movimento” e nunca da quietude.

 

Que a Virgem Maria nos ajude a nos abrir à voz do Espírito Santo, que impele a Igreja a colocar cada vez mais a sua tenda entre as pessoas para trazer a todos a palavra de cura de Jesus, o doutor das almas e dos corpos.

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